sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cesária X Parto Normal

Queridas Gestantes, esse post é para vocês escolherem o melhor parto para vocês e seu bebê. Eu estou "infelizmente" na quarta cesária!! Digo infelizmente, pois sempre quis ter um parto normal...mas por inúmeros motivos isso não foi possível! Então aqui estou eu, recém operada (meu quarto baby boy nasceu segunda-feira, dia 15/11), morrendo de dores, inchada, mas feliz, pois meu bebê veio super saudável e cheio de energia para integrar nossa família. Eu particularmente, acho que hoje no Brasil, existe uma "mafia" da cesária, pois os dados são alarmantes e não consigo acreditar que hoje existam tantas gravidezes de risco para justificar a quantidade de cesárias...mais esses detalhes ficam para outro dia.
Hoje, quero compartilhar com vocês os diversos partos. Afinal de contas, mãe que nasceu para ser mãe, sabe o que é melhor para o seu filho. Então não deixem de ler muito sobre o assunto e pesquisar, conversar com quem já teve diferentes partos, para assim vocês conseguirem tomar a melhor decisão!!!

BOA HORA!!




Parto Normal

Nele a mulher participa ativamente do nascimento do bebê, o parto ocorre por via transvaginal e sem necessidade de cirurgia. Pode-se fazer uso de anestesia para diminuir a dor causada pelas contrações, os tipos mais usados são a raquidiana e peridural. A raquidiana tem ação rápida e pode ser usada no final do trabalho de parto e a peridural pode ser aplicada quando o colo do útero já apresenta alguma dilatação. Se necessário, pode ser feita uma pequena incisão na região do períneo, chamada episiotomia, usada para aumentar a abertura vaginal e facilitar a saída do bebê. A recuperação do parto normal é bem mais rápida que a recuperação de uma cesariana. Além disso, complicações como hematomas, dores pélvicas e infecções são menos prováveis neste tipo de procedimento.

Parto Humanizado
Para o Ministério da Saúde, parto humanizado significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos seis consultas de pré-natal e ter uma vaga garantida em um hospital na hora do parto com direito a acompanhante. Em alguns hospitais, significa permitir que o bebê fique sobre a barriga da mãe por alguns minutos após o parto, antes de ser levado para o berçário, além de música na sala de parto e a presença de um acompanhante. Em alguns hospitais públicos significa salas de partos individuais, a presença de um acompanhante, alojamento conjunto, incentivo à amamentação, entre outros benefícios. Não há uma definição formal sobre o termo, mas a ideia geral é que o parto seja o mais humano possível, para mãe e para o bebê. Um parto normal pode ser humanizado, assim como a cesárea. O que muda é o ambiente estar pronto para a chegada do bebê e para a mãe poder se preparar para dar à luz de maneira confortável e individual

Parto Natural
Neste tipo de parto a mulher também é a protagonista da história. O procedimento se assemelha muito ao parto normal, mas não há intervenções como anestesias, episiotomia e indução – o médico apenas acompanha atento o ritmo dos acontecimentos e a movimentação da mulher, no hospital ou em casa.


Cesariana
É uma cirurgia, indicado em algumas situações de risco para a mãe e/ou bebê – ou pelo menos deveria ser. O procedimento foi criado como solução para o bebê que não se posicionou com a cabeça para baixo na hora do parto ou quando o trabalho de parto que não está correndo bem, quando existe sofrimento fetal ou quando é existe a possibilidade de uma intervenção médica de urgência. A cesariana não é um procedimento natural, e, portanto só é recomendada em caso de necessidade, que será diagnosticada pelo médico. A mulher não participa do nascimento. Fica acordada, mas com o corpo anestesiado da cintura para baixo.


Cesariana minimamente invasiva
Uma técnica relativamente nova de cesariana capaz de reduzir o tempo cirúrgico, a dor e agilizar a recuperação da mulher no pós-parto. O método já é utilizado nos Estados Unidos, na Europa, na China e na Índia e agora ganha adeptos no Brasil também. A ideia é traumatizar o mínimo possível os sete tecidos abdominais que precisam ser abertos antes da retirada do bebê. A abertura da barriga é feita de um jeito menos agressivo. Por isso, o tempo da cirurgia diminui, há menor lesão dos tecidos porque são feitos menos cortes, o que diminui também a dor no período pós-operatório, ocasionando uma redução do uso de analgésicos. No lugar das sete camadas que são suturadas em uma cesariana convencional, no novo procedimento os médicos cortam quatro tecidos. Os músculos são separados com a mão pelo médico, em vez de cortados.

Parto a Fórceps
É indicado em caso de emergência ou sofrimento fetal e a aplicação geralmente é feita apenas nos últimos momentos do parto. Ele consiste na aplicação de uma grande pinça com as extremidades em forma de colher e serve para posicionar corretamente a cabeça do bebê e auxiliar a saída do bebê através do canal de parto.

Parto de Cócoras
Feito na posição de cócoras, esse tipo de parto tem por objetivo voltar às origens humanas e relembrar a forma como as índias davam à luz. Como nossos costumes e nosso corpo são diferentes dos das índias, esse método costuma dividir a opinião dos especialistas, pois a mulher urbana não tem a mesma flexibilidade e força no períneo do que as mulheres de antigamente. É necessário que o ambiente do parto seja adaptado, e que o médico fique todo o tempo com a paciente. A recomendação dos obstetras é manter-se próximo a um centro cirúrgico, para que, se caso necessário, a mulher possa passar com segurança por uma cesariana ou um parto tradicional. Alguns médicos acreditam que o parto de cócoras seja mais favorável à saída do bebê e que o processo seja 30% mais rápido do que um parto em que a mulher fica deitada.

Parto na Água
O argumento é o seguinte: uma vez que o bebê estava na barriga da mãe imerso em líquido, o líquido amniótico, nada mais natural que ele saia e continue dentro de líquido. Quem opta por esse parto pretende criar um ambiente semelhante ao ambiente uterino, e assim, o nascimento será um processo menos traumático. Há quem diga, porém, que os pulmões humanos não são feitos para respirar na água. Por isso, converse com seu médico, avalie a opinião dele e os seus desejos também. Por estar imerso na água, é impossível monitorar os batimentos cardíacos da criança, por exemplo. Se há complicações na gravidez como presença de mecônio ou sofrimento fetal ou se a mulher apresenta sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, hepatite-B, herpes genital ativo e bebês com mais de quatro quilos o ideal é optar por outro tipo de parto. Também não é aconselhável em casos de bebês prematuros. Para realizar este tipo de parto é recomendável que a mulher fique em uma banheira com água na temperatura corpórea (37ºC), cobrindo toda a barriga e genitais. A água morna estimula a irrigação sangüínea, proporciona a diminuição da pressão arterial e o relaxamento muscular, o que provoca o alívio das dores e maior rapidez no trabalho de parto. Além disso, a água também ajuda na dilatação do colo de útero e permite que o períneo fique mais flexível.

Parto Domiciliar
Há vários tipos de parto que podem ser feitos na própria casa da mulher: o de cócoras, na água ou mesmo o convencional. O ideal é que seja feito por equipes especializadas. Se realizado sem assistência médica, o parto em casa pode oferecer riscos à mãe e ao bebê. O ambiente deve estar devidamente esterilizado, claro, e bem preparado para a chegada do bebê. Mas quem opta por dar à luz no aconchego do lar está em busca de um nascimento menos traumático e mais confortável para a criança e a família. Estando em casa, não há como a mulher receber a analgesia. Fique atenta: esse tipo de parto só pode ser opção para gravidez de baixo risco, entre 38 e 41 semanas de gestação. A opinião médica é de que esta opção está restrita apenas aos partos de emergência, que não conseguiram locomoção para um hospital.


Parto Leboyer


Desenvolvido por um médico francês Frederick Leboyer na década de 60, o método conhecido como Leboyer foi divulgado no livro Nascer Sorrindo e consiste em realizar o parto causando o menor trauma possível no bebê. A obra fortalece a importância do vínculo entre mãe e recém-nascido no momento do nascimento. Por isso, o método recomenda reduzir ao mínimo possível a iluminação da sala durante o momento do parto, mantendo um ambiente de penumbra e silêncio, menos agressivo para o recém-nascido. Além disso, o bebê não é dependurado pelos pés e nem recebe a famosa palmada “para abrir os pulmões”. Em vez disso, recebe uma massagem nas costas e é colocado no colo da mãe em seus primeiros minutos de vida. Antes de cortar o cordão umbilical, o médico espera que pare de pulsar, para que a transição respiratória de forma mais suave. Pode ser adequado para qualquer tipo de parto, já que não vai interferir no processo cirúrgico ou de expulsão do bebê, e sim em sua chegada em um ambiente mais tranquilo.

O PÓS PARTO:

 
Depois de uma cesárea
A cirurgia demora ao todo cerca de 40 a 50 minutos, até o bebê nascer e os pontos serem costurados. A mãe é encaminhada a uma sala de recuperação, onde fica por duas ou três horas até voltar da anestesia. Depois, volta para o quarto e oito horas depois é retirada a sonda da bexiga, e ela já é estimulada a se movimentar aos poucos e caminhar, para aliviar o inchaço do corpo.


A internação é de três dias, e pode ser ministrado um analgésico para a dor do pós-operatório, se necessário. Se achar que não está suficiente e a dor persistir, não hesite em pedir ao seu médico ou à enfermeira um analgésico mais forte. Nos primeiros dias, um dos problemas enfrentados será o desconforto causado pela formação de gases intestinais. Para eliminá-los caminhe um pouco pela maternidade, e contraia os músculos abdominais ao expirar. Você vai sentir dor ao tossir ou dar risada, é normal. Use um travesseiro ou mesmo as mãos para apoiar a barriga. E, assim como no parto normal, haverá sangramento vaginal nos primeiros dias, podendo durar até um mês. Atualmente, a maioria das cesarianas é feita com um corte na região do baixo ventre, o que significa que a cicatriz se estenderá horizontalmente bem na marca do biquíni, ou até um pouco abaixo. Logo depois do parto, ela vai ter uma aparência avermelhada, mas, com o passar das semanas e dos meses, vai gradualmente clareando até ficar da cor da pele ou um pouco mais clara.
Na volta para casa, a mãe já pode retomar algumas de suas atividades, claro que maneirando nos esforços e sem carregar peso. Os pontos são removidos cerca de dez dias depois, e a limpeza dos pontos se faz normalmente, com água e sabonete. Em duas semanas já é permitido dirigir, e, em um mês, o sexo está liberado.


A dor do pós-operatório pode dificultar um pouco na hora de segurar o bebê e na amamentação. Tente achar uma posição confortável ao mesmo tempo para você e para o bebê. Ao se virar na cama, você pode ter uma sensação estranha de que os órgãos estão meio soltos dentro da cavidade abdominal. Algumas mulheres se sentem mais confortáveis usando uma cinta pós-parto. Converse com seu médico.


Depois de um parto normal...

A recuperação do parto normal costuma ser menos dolorida e mais tranqüila que na cesariana. A mãe já volta da sala de parto uma hora após ter o bebê. Mesmo com alguns pontos na região peridural, a dor é menor e o tempo de internação é de dois ou três dias, dependendo do médico.
Tanto no parto normal como na cesariana, ocorre sangramento vaginal nos primeiros dias, por isso, não se esqueça de levar absorventes, de preferência do tipo noturno. Logo que vai para casa, a mulher já pode retomar as atividades normais, mas sem exageros. A região do períneo, preocupação de muitas mulheres, retoma rapidamente a elasticidade que tinha antes. Muitas mulheres têm medo de perder a sensibilidade e a continência, mas isso não acontece. Pouco tempo depois, o músculo já volta ao que era antes da gestação.


FONTE: REVISTA PAIS & FILHOS


CONSULTORIA: DR. LUIZ FERNANDO DALE, GINECOLOGISTA OBSTETRA, ESPECIALISTA EM REPRODUÇÃO HUMANA PELA UNIVERSIDADE DE PARIS V, É MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REPRODUÇÃO HUMANA E MEMBRO DA AMERICAN SOCIETY FOR REPRODUCTIVE MEDICINE, DA SOCIETÉ FRANÇAISE DE GYNECOLOGIE E DA EUROPEAN SOCIETY OF HUMAN REPRODUCTION AND EMBRIOLOGY DESDE 1997

Um comentário:

Mari disse...

Sonda da bexiga? Nunca usei. Fiz 3 cesáreas esenti pouca dor. Doía mesmo na hora de levantar da primeira vez. Na terceira nem isso.
Não sou adepta da cesárea eletiva, masnão acho que tenha uma "máfia" não. Muitos partos deixaram de se complicar e muitos bebês deixaram de sofrer a toa em razão do uso mais frequente da cesárea. Acho os partos em alguns outros países o fim do mundo!O parto normal muitas vezes chega a ser um sofrimento desnecessário para mães e filhos. Em alguns lugares a cesárea só é feita depois de muito sofrimento e algum risco de vida do bebê.
De qualquer forma, se o parto normal for possível, dentro de toda a segurança, é o melhor, em razão da recuperação. Mas o importante é que as gravidinhas não fiquem tão estressadas se tiverem que fazer uma cesárea, pois não é um bicho de 7 cabeças de jeito nenhum.
Beijos

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